JAIME PRADES
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WAGNER BARJA 1998
Artista, curador e atual diretor do Museu da República de Brasilia.


Texto para a exposição "Landscapes".

IRREVERÊNCIA OU MORTE PARA O BOM SELVAGEM

Wagner Barja

O fenômeno da arte selvagem manifestada no grafite que já se impõe como expressão inconformista do final deste século, gerou vários grupos nos centros urbanos de todo o mundo. Em São Paulo os grafiteiros do Tupinãodá atuaram nos anos oitenta como um dos mais expressivos desse segmento.
Emergindo daí, Jaime Prades trilhou um caminho asfáltico, emprestando uma sofisticada visão estética à arte bruta e clandestina das ruas. Mesmo rebelde, nosso artista galgou com facilidade o território de galerias, incorporando sempre o espírito do “Bom selvagem".
Atualmente na busca da tridimensionalidade para o desenho, Jaime transfere o seu grande elenco de personagens para outras matérias-primas, recortando em chapas de ferro a sua produção recente.
Há um antagonismo atávico nessa atitude. O que antes apostava na efemeridade de uma obra grafiteira, sempre em risco e sujeita à desaparição, agora adota materiais duradouros, para suportar um vocabulário que antes rejeitava eternidades.
Contudo, a irreverência permanece inalterada em sua criação, independendo do que a suporta.
Essa ironia marcante, herdada do grafite, será sempre endêmica e imutável em Jaime Prades.